Equipamentos já obsoletos para muitos, como máquinas de escrever, mimeógrafos e relógios de ponto, ainda são fontes de ganho para muitas indústrias e solução para muitas empresas, principalmente no interior do País, porém não vá pensando que você não os encontra nos grandes centro urbanos.
Sei de muitas pessoas que podem dizer: Eu não acredito em máquinas de escrever, mas que existem, existem. Não creio tampouco em mimeógrafos, mas há quem diga ter visto alguns por aí. Também não acredito em... Pois é, esses equipamentos, mais relógios de ponto, impressoras matriciais e aparelhos de fax, que muitos pensavam ter sucumbido na avalancha de modernidade que assolou o País ou virado peças de museu, ainda dão muito trabalho. Esses mesmos descrentes, que não largam o computador nem para dormir, vão ficar ainda mais surpresos ao descobrir que muitas empresas, entidades e escolas de pequeno porte, sem acesso à informática, usam, e muito, tais equipamentos. É claro que não vendem tanto quanto na época em que foram lançados, mas pode-se dizer que a obsolescência deles ainda está distante, a tal ponto que os fabricantes os mantêm em linha de produção.
Na escola em que eu trabalho atualmente existe computadores, porém na sala dos professore se encontra um mimeógrafo que todos usam (menos eu que evito até mesmo chegar perto ¬¬). E no escritório de contabilidade em que eu trabalhava havia uma maquina de escrever, minha chefe dizia que devido não haver uma versão digital pára o formulário do seguro desemprego, ele deve ser preenchido na maquina de escrever, e digo mais diversos amigos da minha antiga chefe quando viam a maquina de escrever dela ficavam babando nela (só faltavam cultua-la) perguntavam onde ela havia comprado e até mesmo se estava interessada em vende-la.
E o que dizer do acessório, como fitas de máquina de escrever, bobinas de fax, cartões de ponto ou o papel hectográfico, utilizado como matriz para reprodução de cópias a álcool. Este último, cujo desaparecimento do mercado foi cogitado na década de 1990, cresceu tanto que a Helios Amazônia – antiga Helios Carbex – bateu no ano passado seu recorde de produção. Arnaldo Bissoni, CEO da empresa, acentua que o mercado continua aquecido e as vendas atingem longínquos pontos do País. Em muitas localidades do Brasil, ainda não existe energia elétrica e muito menos equipamentos sofisticados, por isso a professora prepara sua aula utilizando esse papel. Escreve à mão sobre o mesmo as lições do dia seguinte e usa o mimeógrafo para elaborar cópias para a classe, porém a escola em que eu trabalho se localiza na Cidade de Nova Iguaçu, uma das maiores cidades do estado do Rio de Janeiro e mesmo assim possui sua maquina de mimeógrafo.
No segmento de escritórios, a Helios também fabrica o papel carbono, ainda utilizado em documentos fiscais de balcão e pedidos de vendas, e o corretivo líquido, o popular "branquinho". Bissoni enfatiza que essas linhas têm vida longa. "Não cogitamos descontinuá-las. Elas representam aproximadamente 30% do faturamento, incluindo o mercado externo." A maioria dos consumidores está nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. A demanda é relacionada ao fato desses pontos estarem distantes dos centros tecnologicamente mais avançados. Segundo o executivo, esses artigos estão atrelados ao processo globalizado de desenvolvimento tecnológico, cada vez mais presente nos grandes centros urbanos. "Além disso, máquina de escrever não é peça de museu; continuamos produzindo fitas vermelhas e pretas para todos os modelos considerados jurássicos", comenta.
Hoje eu estava no escritório, minha chefe solicitou que eu fosse ao centro de Belford Roxo comprar uma fita de maquina de escrever para substituir a antiga, eu pensei que não encontraria ou que teria que procurar muito para encontra uma, porém na primeira loja em que eu fui havia a lendária fita preta e vermelha.
Fitas para máquinas de escrever e matriciais, e diversas outras linhas de produtos, também são o forte da Tex-Print, há 34 anos no mercado. O diretor de marketing, Luiz Carlos Sajben, diz que as vendas caíram muito, mas elas ainda são comercializadas. Esses equipamentos ainda existem porque são mais baratos do que outras tecnologias. Porém, é só uma questão de tempo. "A realidade nua e crua é que uma pessoa com um escritório no interior do Pará, mesmo que use atualmente uma máquina de escrever, breve deverá substituí-la por um computador", acrescenta.
Fonte de pesquisa: Adaptado do Portal Kalunga
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