A primeira Estação da Luz era pequena e acanhada. Construída em 1867 pela Estrada de Ferro Inglesa, The São Paulo Railway, a estação fazia a linha entre Jundiaí, interior de São Paulo, e Santos, de onde o café era exportado. Anos mais tarde, sem conseguir atender à crescente demanda da produção cafeeira, a próspera Companhia São Paulo Railway (a "Inglesa") construiu outra estação no mesmo lugar, muito mais imponente, entre 1895 e 1900. Foi projetada pelo arquiteto inglês Charles Henry Driver em estilo neoclássico.
A estação ferroviária da Luz foi aberta ao público em 1901. Suas instalações ocuparam 7.500 metros quadrados do Jardim da Luz e foi construída pela São Paulo Railway Company com estruturas, trazidas da Inglaterra, que copiam o Big Ben e a Abadia de Westminster. A Estação da Luz é a principal prova da importância e do desenvolvimento que a cultura do café - que exigia o aumento da malha ferroviária para o escoamento do produto da região de Jundiaí para o porto de Santos - trouxe não só para a cidade como para o Estado.
Os materiais da construção foram todos importados. "A Estação da Luz veio pelo Oceano Atlântico desmontada. Peça por peça viajou de navio: pregos, tijolos, madeira (pinho-de-riga irlandês), telhas cerâmicas de Marselha, França, e a estrutura de aço de Glasgow, Escócia. Material suficiente para cobrir uma área de 7.520 metros quadrados, ao custo de 150 mil libras esterlinas." A estrutura metálica tinha 150 metros de comprimento. O edifício tinha 150 metros de comprimento de fachada com uma torre de 50 metros de altura.
A importância da São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído pelos transportes aéreo e rodoviário. Depois, a estação passou a receber trens suburbanos.
A Estação tornou-se a porta de entrada da cidade também para os imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma importante metrópole. Esta importância, concedida à São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial. Após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos que os trens.
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