Na cidade de Ponta Grossa, por ocasião de sua viagem ao Paraná, foi D. Pedro II recebido por um cidadão que o cativou por sua hospedagem fidalga, embora despida das exigências protocolares. Após o almoço, no dia da partida, o anfitrião disse:
- Senhor Imperador, eu podia ter feito mais alguma coisa. Podia ter matado mais uma vitela, mais um peru, mas preferi assinalar por outro modo a vossa passagem por esta terra e a honra de vir a esta vossa casa. Libertei todos os meus escravos, que são mais de setenta, e peço a Vossa Majestade o favor de lhes entregar as cartas de alforria.
Essas palavras tão simples quanto eloqüentes emocionaram profundamente o monarca, que agradeceu o gesto de benemerência do digno paranaense. Por ocasião das graças, o ministro levou ao imperador o decreto fazendo-o oficial da Ordem da Rosa. Ao lhe ser apresentado o decreto para assinar, disse ao ministro do Império:
- Isto é pouco para esse benemérito. Faça-o barão!
- Mas, Majestade, ele é quase analfabeto!
- Não será o primeiro. E este é muito digno. Mande-me o decreto fazendo-o Barão dos Campos Gerais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário