Ojuorum, batizada no Brasil por Anastácia era uma Princesa Banto, vinda do Congo, chega ao Porto do Rio de Janeiro em 1749, seguindo para Bahia, Minas Gerais, retornando a Corte do Rio de Janeiro, próxima a sua morte. Dotada de rara beleza, tinha os olhos azuis, muito inteligente, possuía o dom da palavra e da cura. Foi perseguida e contestada pela Igreja Católica. A beleza e a inteligência de Anastácia incomodavam também as mulheres brancas de sua época. Anastácia era protegida pelo senhor Joaquim Antônio, o filho da famosa dona de Engenho, Srª Joaquina Pompeu, este apaixona-se por Anastácia, e começou a assediá-la, rogando o seu amor que lhe é negado. Manda então que se coloque na Escrava, uma máscara de ferro (máscara de flandres – utilizada nos escravos nas minas de para que não engolissem as pepitas de ouro) e também o colar de ferro dos negros fujões. Anastácia vive assim durante quase 30 anos, só sendo permitida a retirada da máscara para sua alimentação. Os anos passam e a escrava adoece gravemente com gangrena pelo pescoço e boca e mesmo antes de morrer ela é capaz de curar o filho do senhor de engenho Joaquim Antônio, que tem uma doença pulmonar grave. Logo se espalha por todo o país os fatos que ocorreram, permanecendo até os dias de hoje os relatos de promessas e curas alcançadas.
Após a morte da Escrava Anastácia, seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário, Rio de Janeiro, mas que destruída por um incêndio perdeu-se os poucos documentos que provavam sua existência, assim como a sua ossada. Dizem que o incêndio foi criminoso para afastar dali milhares de fiéis que buscavam na presença de seu espírito os mais diversos milagres. Afastou-se os fiéis e a igreja se tornou vazia. Hoje Escrava Anastácia é um misto de mártir, heroína e santidade que permeia o imaginário popular no país. Além de sua representatividade para o povo brasileiro é também seguida por mais de 30 milhões de adeptos por todo o país.
Um comentário:
Obrigada pelo seu trabalho!
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